Depois de muitos pedidos aqui trazemos a entrevista realizada a Cláudio Leitão.Nota para o facto de ser realizada quer como jogador da equipa sénior,mas também como treinador da equipa juvenil/júnior.
Tiago Adelino: Há quantos anos jogas futsal?
Cláudio Leitão: Jogo Futsal há 3 anos.
TA: De que gostas mais, futebol ou futsal?
CL: Eu primeiramente tive uma experiência com o futebol 11 onde joguei um ano e a posteriori ingressei no futsal. Neste momento gosto mais de futsal e sou apaixonado por esta modalidade sem duvida.
TA: Quais foram as tuas maiores dificuldades na passagem do futebol 11 para o futsal?
CL: O domínio de bola que é diferente, o facto de no futsal se dominar a bola maioritariamente de sola é diferente do futebol 11 e o ritmo é mais elevado .Estas são para mim as maiores dificuldades encontradas.
TA: Nesta época qual foi a melhor equipa que defrontas-te?
CL: Foi a equipa do Real da Conchada, porque o futsal praticado é um futsal evoluído que se baseia no colectivo, movimentações típicas de futsal, jogadores com grande experiência em divisões acima como o caso do Zé João, do Nini…sem duvida a melhor equipa que defrontei esta época.
TA: Que opinião tens acerca da prestação do clube esta época?
CL: Em relação ao clube esta época há duas fases que quero salientar. Na 1ª fase penso que estivemos ainda a encontrar a melhor posição para cada jogador, na qual houveram algumas alterações e mesmo em termos defensivos estivemos a aprimorar melhor a equipa. A partir do momento em que estivemos muito mais organizados em termos defensivos, conseguimos obter melhores resultados e vir para a frente.
TA: Como explicas a ineficácia que apresentas a nível da finalização?
CL: Essa é talvez a minha maior dificuldade…Tenho pouca experiência de futebol e de futsal e é sem duvida a minha maior lacuna. Por jogar maioritariamente como pivot, as pessoas associam muito ao facto de jogar mais a frente que tenho que marcar mais golos. Reconheço que há situações em que realmente poderia marcar mais, mas muitas das vezes não quer dizer que tenha que ser eu a concluir. O pivot trabalha muito para a criação de espaços, receber a bola, fazer tabelas e isso também é importante.
TA: Como lidas com as criticas?
CL: Lido bem com as criticas. Aliás gosto que me façam criticas e que dêem a sua opinião, mas eu tenho sempre um poder de filtrar as coisas, ou seja, faço a minha auto analise e acho que todos o devem fazer. Não é por um ou outro dizer que não fazemos bem as coisas que devemos seguir pela outra cabeça…Devemos ter o poder de pensar, parar , analisar as coisas e verificar se é assim ou se não. Se então verificarmos que estamos errados, aí sim dar a mão a palmatória e tentar modificar o comportamento
TA: Qual o teu melhor jogo esta época?
CL: O melhor jogo esta época penso que foi contra o Miro já nesta fase em casa deles. Penso que só não foi mesmo excelente devido á ineficácia ofensiva. Foi um jogo que poderia ter marcado muito mais que um golo. Tive oportunidade de ter mesmo marcado 3 ou 4 golos e pecou por isso. Em termos defensivos acho que fui exemplar, dei o meu melhor e as coisas também me correram muito bem.
TA: Qual a maior diferença que encontras entre a equipa deste ano e a do ano passado?
CL: Não há muita, visto que chegaram poucos jogadores .O futsal também é um desporto que necessita de muito trabalho e para isso é necessário dar algum tempo ás coisas para elas começarem a acontecer ,pois penso que estamos no caminho certo e estamos a progredir.
TA: Qual o teu desejo no futuro em termos desportivos?
CL: É tentar ajudar o clube naquilo que eu puder, seja como jogador e mesmo como treinador. Chegar á final four já é um grande objectivo atingido e espero obter o melhor resultado possível. Já a nível do campeonato gostaria muito de subir de divisão.
Agora a nível dos juvenis/juniores…
TA:A equipa dos juvenis não alcançou um único ponto esta época, como explicas isso?
CL: É um facto não ter alcançado nenhum ponto, mas quase nenhum jogador tinha experiência de futsal. A formação é deveras importante na carreira de um jogador e o principal objectivo nesta época não foi a obtenção de pontos, mas a recolha do maior numero de experiências competitivas que permitam ás pessoas melhorarem e que se hoje levamos 10,amanha já só levamos 5 para depois andarmos a discutir o jogo. Muitos dos jogos deste final de época conseguimos disputar o jogo pelo jogo ,alguns estivemos mesmo a ganhar ,mas o nosso plantel não é muito grande e secalhar houve alguma quebra, mas penso que os jogadores estão no bom caminho. Falta apenas mais trabalho e empenho de todos, assim estou certo que vamos conseguir.
TA: Muitos jogadores da equipa abandonaram o clube por supostamente seres rígido com eles. Pensas que esse é o melhor método?
CL: Sou uma pessoa exigente, mas naquilo que deve ser exigido. Não trato mal os jogadores, não lhe chamo nomes. Limito-me a chamar a atenção e explicar-lhes que não fizeram as coisas de uma forma correcta e para isso apresento-lhe as alternativas que devem seguir. Se um jogador for realmente humilde e queira evoluir, deve ouvir as minhas palavras e tentar modificar os comportamentos para conseguir atingir o sucesso. O que eu acho em relação aos jogadores que abandonaram é que no futuro, em situações de obstáculos vão abandonar ou desistir e na competição como na vida devemos ter um grande poder de persistência e de sacrifício para conseguir atingir objectivos superiores.
TA: Porque é que os juvenis acabaram a época a treinar com os juniores?
CL: Foi por uma questão de rentabilizar recursos relacionados com o transporte visto que eles treinando a mesma hora o transporte iria buscar e leva-los. Caso não fosse assim seria bastante mais complicado. Em termos competitivos também era melhor porque treinando juntos podiam estabelecer alguma competição saudável entre eles.
TA: Quais os teus objectivos como treinador?
CL: Tentar em termos de formação criar jogadores mais capazes que consigam no futuro chegar a uma equipa sénior e vingar porque muitas das vezes tem-se a ideia de que é preciso é ganhar na formação e eu acho que não. Devemos é formar bons jogadores para em seniores serem realmente bons, portanto acho que se continuarem a trabalhar vamos ter bons jogadores com outra cultura e com possibilidades de estar em outras divisões.
TA: Sentes-te um Mourinho do futsal?
CL: Não, eu sou exigente e ás vezes tenho um feitio complicado, mas secalhar já nasceu comigo e ás vezes as pessoas não lidam bem com isso.No entanto, é um forma que eu tenho de me proteger ,mas era bom que me sentisse, uma vez que, naquilo que atinge como sucesso em termos de vitórias , campeonatos e troféus não me importava de ser o Mourinho. Procuro ser o melhor possível, mas não procuro ser o Mourinho…
TA: Para finalizar que recados deixas a todos os amantes do futsal?
CL: O melhor recado é que possamos trabalhar cada vez melhor, quer a nível da direcção, treinadores, jogadores, da associação que para mim tem um papel fulcral no desenvolvimento do futsal na forma como organiza as camadas jovens, os campeonatos seniores e a própria arbitragem. Se houver um investimento nessa ordem em relação á associação de futebol de Coimbra estou certo que o futsal vai dar um passo em frente e vai crescer ainda mais.
Em meu nome quero deixar um muito obrigado ao Cláudio Leitão pelo seu tempo disponibilizado em prol de uma maior informação relativa ao clube. Ficamos a conhecer um pouco melhor este jogador que acima de tudo é uma grande pessoa. Tenho pena de ele ter começado a praticar futsal tão tarde, mas penso que ainda tem muito para dar quer a nível de jogador, mas também como treinador.
7 comentários:
expilica me porque é que com a tua entrada só tinhas 6 juniores regulares e até ai existia sempre pelo menos 11
e ainda quer dinheiro dass
falta humildade a este jogador, sem duvida
Eh Leitão...
Eu bem te disse que não iriam faltar comentários.
O Leitão no fundo no fundo, até consegue ser uma boa pessoa. Defeitos todos nós temos.
Um abraço.
Luís Marques
demissão sff
Bater em jogadores no proprio treino e que não, queremos o júlio, esse sim é o melhor.
Porquinho abandona sff!
o homem que bate em putos, que vergonha
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